DSK assume que tem "sexualidade mais bruta do que a maioria dos homens"
Na sua segunda jornada de audiências, Dominique Strauss-Kahn voltou a ser confrontado com os testemunhos das prostitutas envolvidas nas festas que decorreram entre 2008 e 2011 em Paris, Lille, Bruxelas e Washington.
Depois de ouvir Mounia, Jade, Estelle e Marion descrever as orgias e outras práticas nas quais participaram durante as festas, DSK, como é conhecido o ex-ministro francês e antigo diretor do FMI, declarou que aquelas mulheres "merecem a nossa compaixão". Mas, explicou, "não vivemos as mesmas cenas".
Depois de algumas das envolvidas terem descrito cenas de sexo envolvendo alguma rudeza, DSK admitiu ter "uma sexualidade mais bruta do que a maioria dos homens". Mas voltou a negar saber que as mulheres presentes nas festas eram prostitutas ou ter tido qualquer papel na organização das mesmas.
Strauss-Kahn, casado na altura com a jornalista Anne Sinclair, caiu em desgraça em maio de 2011 depois de ser detido em Nova Iorque, por suspeita da violação de uma empregada do hotel Sofitel. Depois de um acordo com Nafissatou Diallo, voltou a França onde se viria a divorciar, tendo entretanto iniciado outra relação amorosa, com a relações públicas Myrian L'Aouffir.
Durante a manhã, Jade contou pormenores da sua viagem a Washington para uma das festas. "Fui lá por causa de DSK", explicou, admitindo: "Sim, foi muito simpático". Até porque lhe lia as ementas quando iam ao restaurante. "Não era desagradável".
Questionado sobre os relatos das mulheres que afirmaram ter tido uma relação sexual "brutal" com ele, DSK garantiu: "Já tive o mesmo tipo de relação sexual com outras mulheres. Algumas podem achar que sou bruto, outras apreciam. Não tem qualquer relação com prostituição".